8 de agosto de 2011

Um amor que tem nome e sobrenome: Bia Lins

Por várias vezes pensei em fazer um post sobre a minha gatinha, a Bia. Tentei fazer isso algumas vezes, mas nunca saia do jeito que eu imaginava. Eu não conseguia descrever tudo que ela significava e quanto eu a amava.
Acho que nunca conseguirei descrever essas coisas, e muito menos a dor imensa que estou sentindo.
Hoje, 7 de agosto, tive que dar adeus a minha gatinha, minha amiga e fiel companheira de quase 9 anos. 
As lembranças estão guardadas na memória...
O jeito que ela pedia comida todas as manhãs...
O jeito que ficava parada na frente da geladeira quando abríamos para pegar alguma coisa...
O amor pelos sapatos de todos nós e até dos visitantes...
A mania de descer a escada junto com a gente, primeiro pelo lado direito e pela metade do caminho cruzava na nossa frente pra poder ir pro lado esquerdo...
A paixão incontrolável por peru, que a fez muitas vezes roubar partes do mesmo quando virávamos de costas para a mesa... 
A brincadeira com os calangos que ela capturava no quintal e trazia pra dentro de casa...
O banho de sol todas as manhãs no quintal ou então na sacada...
A mania de dormir na cama da mamãe e bem na frente do ventilador...
Todos os sapatos e sandálias arranhados...
As milhares de vezes que pulou em cima de mim em cima do sofá e me fez  ficar com câimbras no pescoço...
As vezes que deitava ao meu lado quando eu estava triste, sem pedir nada em troca, só ficava ali, me fazendo companhia...
A saudade que sentia quando eu viajava e na volta me ignorava...
Da forma como ela reagiu quando viu a TV nova funcionando, ficou curiosíssima e ao mesmo tempo vislumbrada...
O jeito que puxava meus cabelos com os dentes...
A paixão por água sanitária...
A corrida que dava quando escutava alguém amolando a faca no esmeril (significando que algum tipo de carne seria tratada)...
Os papelões arranhados...

São tantas lembranças, agora dói, dói muito, mas sei que esse foi o melhor pra ela. Eu creio muito em Deus e sei que tudo que acontece tem seu momento certo, Ele sabe o que faz! 

Uma saudade enorme desde já, é muito estranho não tê-la por perto, vê-la entrando no quarto a qualquer hora, ouvir os miados pedindo comida. Tudo muito novo e doloroso.


















"Tudo que morre
Fica vivo na lembrança
Como é difícil viver
Carregando um cemitério na cabeça
Mas antes que eu me esqueça
Antes que tudo se acabe
Eu preciso
Eu preciso, dizer a verdade...
É impossível, é impossível
Esquecer você
É impossível
Esquecer o que vivi
É impossível
Esquecer, o que senti...
É impossível..."

Um comentário:

  1. Chorando pencas aqui lendo esse post.
    Sei como é essa dor, não distingo animais de pessoas, às vezes penso até que os amo mais. Me senti exatemente assim com a morte da menina. Mto chato tudo isso.

    Pra mim tudo deveria ser eterno.

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