4 de março de 2011

Lembrei da minha infância, lembrei desse poema...

Dia desses, não sei o que, vindo não sei da onde, fez surgir uma estrofe de um poema muito antigo em minha cabeça, que tive que aprender quando ainda era apenas uma menina. Junto com esse poema, vieram lembranças que estavam guardadinhas na gaveta mental e aguardavam apenas algum filamento de vida pra surgir com toda força... muita coisa veio à mente junto com aqueles versos por hora esquecidos, mas que de repente, estrofe por estrofe, verso a verso, surgiu por completo em minha mente e fez-me sorrir, é... sorrir!!!! Na esperança de que alguém sorria também, termino com Vinícius de Moraes e com um sorriso no rosto.

Eu sou feita de madeira

Eu sou feita de madeira
Madeira, matéria morta
Mas não há coisa no mundo
Mais viva do que uma porta

Eu abro devagarinho
Pra passar o menininho

Eu abro bem com cuidado
Pra passar o namorado

Eu abro bem prazenteira
Pra passar a cozinheira

Eu abro de sopetão
Pra passar o capitão.

Só não abro pra essa gente
Que diz (a mim bem me importa . . .)
Que se uma pessoa é burra
É burra como uma porta.

Eu sou muito inteligente!

Eu fecho a frente da casa
Fecho a frente do quartel
Fecho tudo nesse mundo
Só vivo aberta no céu!

Vinicius de Morais

Um comentário:

  1. Me lembra da creche(faz teeeempo).Cantávamos umas musicas bem legais. Essa foi bem marcante.
    Blogando tambem é? haha Valendo mana!

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